Em 1551, no dia 1° de maio, o jovem José de Anchieta entrou na Companhia de Jesus para exercer o trabalho de sua vida: servir.
As portas do mês mariano se abrem com uma festa dedicada ao esposo de Maria, sob o título de São José Operário, e o início da vida missionária de um outro José, cujo nome foi lhe dado em honra ao Pai adotivo de Jesus.
O Apóstolo, o Padroeiro, o Poeta.
Primeiro de maio, foi o dia que o jovem José de Anchieta entrou na Companhia de Jesus. Um dia que marcou o sim da história de santidade desse jesuíta, cujas páginas escritas nestas terras se entrelaçam com a narrativa do próprio Brasil. Dois anos após os votos feitos em Portugal, na cidade de Coimbra, José de Anchieta desembarca no Brasil, em 13 de julho de 1553.
O ofício de São José de Anchieta está intimamente ligado à sua vida missionária. O trabalho ao qual se dedicou durante toda a sua vida foi apenas um: servir com criatividade, no caminho da pobreza, da obediência e da caridade, na companhia de José e Maria, na Companhia de Jesus.
Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
(Lc 16, 13)
São José de Anchieta viveu em um tempo absolutamente novo. Aos povos daquela época foi dado conhecer que existiam lugares, línguas e pessoas que nunca tinham se encontrado. Os olhos de Anchieta viram aquela novidade e no desafio daquele tempo decidiu-se (ainda mais) pela grandeza de Deus. Escolheu servir a Deus e a não ter outro senhor.
A escolha é um acontecimento cotidiano, mas em alguns momentos históricos ela se torna mais aguda. Ora é uma decisão pontual, ora é uma escolha global. Mas sempre se trata de uma resolução particular e decisiva que moldará nossas atitudes.
Um trabalho criativo
São José de Anchieta escolheu servir a Deus quando serviu aos mais fracos, esteve próximo, aprendeu e ensinou, rejeitou a escravidão dos indígenas, defendeu as suas aldeias, tratou dos doentes.
Um trabalho criativo, foi a sua resposta. Seguindo no caminho dos votos que professou de pobreza, castidade, obediência e missão deixou uma vasta contribuição. Escreveu poemas, empreendeu construções, mas toda a sua dedicação só rendeu frutos porque trabalhou no cuidado e na preservação da vida daqueles que lhe foram confiados.
A comunhão dos santos
Se há, portanto, em nós, amor ao santo servo de Deus, São José de Anchieta, havemos também nós de olhar para sua vida e reconhecer que não há amizade no céu se não há fidelidade na Terra. Não se pode ter uma devoção manca! Se amamos Anchieta e o temos como intercessor, também nós devemos com ele amar, como ele amou.
E esta é a primeira petição na oração de São José de Anchieta que todos os dias rezamos.
“Dai-nos a graça de servir a Jesus como tu o servistes nos mais pobres e necessitados.”
E se temos como modelo de santidade, o santo Apóstolo e Padroeiro do Brasil, havemos de responder a plenos pulmões, na vocação a qual somos chamados: o meu trabalho é servir.
São José de Anchieta, intercede por nós hoje e sempre.