As comemorações e homenagens no dia de São José de Anchieta no Santuário Nacional dedicado ao Apóstolo e Padroeiro do Brasil.
Por Ligia Maria Fiorio Custódio Pessin
Neste ano, a data litúrgica do dia de São José de Anchieta, 09 de junho, coincidiu com o domingo da Solenidade de Pentecostes. Foram três celebrações litúrgicas, um dia com muitas homenagens e romarias. E o quarto dia da novena em preparação para a Missa solene do Santo Apóstolo e Padroeiro do Brasil, no próximo sábado, dia 15.
O tocar dos sinos do Santuário Nacional de São José de Anchieta, na manhã do domingo, dia 09 de junho, marcou o início de uma grande festa. Uma grande expressão de alegria que ganhou força e movimento com a presença dos peregrinos.
CELA DE ANCHIETA: O SANTUÁRIO NACIONAL
Local de Peregrinação, a cela de Anchieta é o quarto onde o Santo Apóstolo do Brasil viveu e lugar onde morreu, aos 63 anos, no dia 09 de junho de 1597. O Santuário Nacional de São José de Anchieta começa nesta pequena, simples e humilde cela anexa à igreja de Nossa Senhora da Assunção, por ele construída. O local é aberto a visitação e conserva uma relíquia do santo que naquele lugar partiu para o encontro definitivo com Deus.
CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS, HOMENAGENS E ROMARIAS
A Missa foi celebrada em três horários. A cada celebração, uma romaria enriquecia e manifestava sua devoção a São José de Anchieta de uma forma particular.
As crianças recepcionavam os peregrinos que chegavam para a primeira Missa, às 8h30, vestidos como “pequenos Anchietinhas”.
Em seguida, o Apostolado da Oração, com suas tradicionais fitas vermelhas, deram a cor da Missa das 10h30 que terminou com o tom da música dos índios Tupiniquins, um dia protegidos por Anchieta e que hoje o saúdam.
A marca jovem do Apóstolo do Brasil, que chegou à estas terras com 19 anos, esteve presente na última Missa do dia, celebrada às 19h, com a participação da romaria do EJC – Encontro de Jovens com Cristo.
Motociclistas também saudaram o Padroeiro do Brasil em uma romaria que saiu de Guarapari e chegou ao Santuário Nacional onde foram acolhidos pelos peregrinos e os reitores do Santuário que lhes deram a a benção.
PRESENÇA INDÍGENA
Índios, outrora protegidos por Anchieta, hoje prestam a ele sua homenagem. Estiveram no Santuário Nacional de São José de Anchieta Índios Tupiniquins de Caieiras Velha, aldeia localizada no município de Aracruz, norte do Espírito Santo.
Um sinal da importância do legado de São José de Anchieta para os indígenas é o relato de Jocelino Tupiniquim, sobre a retomada da língua Tupi através da primeira gramática da língua Tupi escrita pelo Padre Anchieta.
“Eu sou pesquisador e a gente faz um processo de revitalização da língua a partir dos escritos de Anchieta”