Grande expressão de comunhão e proximidade, a presença de Dom Dario na celebração da Missa solene de São José de Anchieta trouxe alegria e afáveis manifestações de carinho.
O olhar atento do pastor, o sorriso que reflete a alegria do Evangelho, a benção que transmite a paz, as pausas em seus passos para atender a quem lhe pede uma oração. Ou uma foto, que no tempo de Anchieta ainda não existia. Porém, o desejo de perpetuar momentos de beleza, numa tentativa de fixar diante dos nossos olhos a Graça, isso sempre existiu.
Assim, podemos dizer que a passagem de Dom Dario, na noite santa que celebrou São José de Anchieta, foi um acontecimento que trouxe para diante dos nossos olhos, e das câmaras, uma imagem de como Padre Anchieta fora acolhido e acolhedor, esteve próximo e se aproximou, recebeu afeto e distribuiu imenso carinho. Interrompido em seus passos, sem reclamar, viveu o que está escrito “Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos” (1Cor 9,19) ou ainda “com os fracos, eu me fiz fraco. Com todos, eu me fiz tudo.” (1Cor 9,22).
“Em que consiste o meu salário? Em pregar o Evangelho, oferecendo-o de graça, e sem usar os direitos que o evangelho me dá”.
1Cor 9,18
O Arcebispo de Vitória partilhou duas reflexões: uma pela festa da Santíssima Trindade, que a liturgia celebra neste domingo, e pela festa de São José de Anchieta, cuja Missa solene foi transferida para o dia 15, pois neste ano, dia 09, coincidiu com a solenidade de Pentecostes.
“Comunidade significa unir o que é comum e respeitar o que é diferente”, explicou Dom Dario.
“Unidade não significa uniformidade” afirmou o arcebispo. A confusão entre os termos pode levar ao desrespeito, e por isso, ao oposto da vida em comunidade.
Temos um compromisso com as gerações futuras. Que este Santuário, esta cidade, sejam testemunha de um homem que doou sua vida pela nossa terra, pelo nosso Brasil.
Dom Dario
“O município de Anchieta guarda um tesouro inesgotável para o nosso Brasil” disse o arcebispo.
O tesouro é “a história e a memória de um homem que se fez um junto com os índios. Viveu como eles. Aprendeu sua língua. Trouxe a mensagem da paz”, concluiu Dom Dario.
“Jesus não os escolhe porque são santos, mas os escolhe porque são simples.”
Dom Dario Campos
É a simplicidade que nos faz abertos à graça de Deus.
No Evangelho, Pedro, obediente a Jesus, lança as redes que voltam repletas de peixes. Diante de tão grandes mistérios, a simplicidade de Pedro diz “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” (Lc 5,8).
“Cristo jamais se afasta do pecador. Somos nós que, envergonhados do nosso pecado, nos afastamos de Jesus de Nazaré”, explicou Dom Dario.
Anchieta, viveu na simplicidade. Veio para essas terras trazendo uma única riqueza: o amor de Jesus de Nazaré.
“Quem ama vai, quem ama convive, quem ama ensina, quem ama ouve. Enfim, quem ama celebra a vida. Quem ama respeita a casa comum, a natureza”, disse o arcebispo.
“Quando se tem amor no coração, torna-se eterno. É por isso que São José de Anchieta é eterno”.
Dom Dario, concluiu sua reflexão com um festivo: Viva São José de Anchieta!
Viva!
Porque a Missa Solene foi celebrada dia 15. Neste ano, a data da memória litúrgica de São José de Anchieta, dia 09, coincidiu com o domingo da solenidade de Pentecostes. A Missa solene de Anchieta foi então transferida para o sábado seguinte, dia 15 de junho.