Ao se aproximar dos acontecimentos, lugares, personagens e histórias que envolvem a Companhia de Jesus é imprescindível compreender a visão sempre universal que forma a identidade dos jesuítas. As conexões, a forma de se comunicar, a busca pela unidade na diversidade e tantos outros valores que ultrapassam a questão local.
Os jesuítas levam consigo o que sabem, com grande formação acadêmica sempre foram capazes de fazer dos mais elevados trabalhos intelectuais aos mais simples serviços braçais passando pela assistência humana e religiosa. Haja vista São José de Anchieta, que de profundo conhecedor das letras, capaz de escrever a gramática de uma língua nova – ainda hoje utilizada, costurava alpargatas, assistia aos enfermos e aprendia a fazer remédios com as diferentes tribos ao longo de toda a costa brasileira.
Considerar esse horizonte mais amplo favorece a compreensão das obras jesuítas, sobretudo aquelas realizadas nos primeiros anos de formação da Companhia, como é o caso do Colégio de São Tiago. Os Colégios do Brasil – e o colégio da ilha de Vitória está entre os primeiros – nascem muito próximo das primeiras instituições de ensino da Companhia de Jesus que deram origem a grandes universidades em todo o mundo.
Por fim, um equívoco comum é pensar que as obras da Companhia de Jesus chegam prontas, são importadas e como um molde são aplicadas aqui no Brasil. Não foi assim, além de ser uma terra com uma realidade nova, a própria Companhia de Jesus estava nas primeiras décadas de sua formação e cresceu nesse movimento recíproco dos primeiros jesuítas que inclusive partilhavam da presença do seu fundador.
A Companhia de Jesus é a ordem religiosa dos jesuítas fundada por Santo Inácio de Loyola. A mesma que ordem de Papa Francisco e São José de Anchieta.