Outubro chegou. Neste primeiro dia do mês das missões, a Igreja celebra a festa litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus, a carmelita que viveu os seus 24 anos de vida amando intensamente a Jesus, a padroeira das missões.
Mesmo sem nunca ter saído do Carmelo, Santa Teresinha tinha a consciência de que rezar pelas vocações e pelo trabalho da Igreja era a sua missão. Teresinha sabia que sem o amor no coração da igreja, as missões iriam cessar, os missionários perderiam as forças e o sangue dos mártires deixaria de ser derramado.
Em seus escritos, ela conta: “Gostaria, ao mesmo tempo, de anunciar o Evangelho nas cinco partes do mundo e até nas ilhas mais remotas. Gostaria de ser missionária, não só por alguns anos, mas gostaria de o ter sido desde a criação do mundo e de o ser até à consumação dos séculos. Para me satisfazer, gostaria de passar por todos. Jesus, se eu quisesse pôr por escrito todos os meus desejos, teria de pegar no teu livro da vida, onde estão narradas as ações de todos os santos, desejando ter sido eu a praticar todas essas ações por Ti” (História de uma alma: Manuscrito B, 251-252).
Os jesuítas também sentem esse desejo de ser missionários e de se colocar a serviço de todos. Desde a fundação da Companhia de Jesus, no século XVI, os religiosos da Companhia estão à disposição para estar em saída, sempre prontos para anunciar o evangelho e, principalmente, para estar ao lado dos mais pobres e menos favorecidos.
Foi correspondendo a esse chamado que José de Anchieta decidiu fazer parte da espiritualidade Inaciana e, assim como os primeiros irmãos jesuítas, tal como Francisco Xavier, se colocou à disposição para sair ao encontro dos necessitados. Com apenas 19 anos, ele chega ao Brasil, pronto para evangelizar e viver em comunidade com os que aqui habitavam, dando aulas, cuidando dos doentes e fazendo o que era necessário.
O Papa Francisco, também um jesuíta, frequentemente nos lembra, em suas homilias, da importância de ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro dos pecadores, dos injustiçados e dos pobres.
Com Cristo não existe o tédio, o cansaço e a tristeza porque Ele é a novidade contínua do nosso viver. Ao missionário é necessária a alegria do Evangelho: sem esta, não se faz missão, se anuncia um Evangelho que não atrai.
Papa Francisco.
Que inspirados por Santa Teresinha do Menino Jesus, possamos viver bem o mês missionário. Que o Espírito Santo nos conduza para os lugares onde forem precisos e nos dê coragem para corresponder com amor o chamado de Cristo.