Desafios e reflexões no 6º dia da Novena e Missa presidida pelo Padre Pierre, da paróquia São Tiago Maior, de Setiba, Guarapari.
O sexto dia da novena nos colocou diante de um pedido que exige de nós uma ação: Senhor, que eu defenda e proteja os sofredores e oprimidos.
“Que eu seja um cuidador daqueles que estão descuidados; que eu ampare aqueles que estão desamparados. Ir aonde não vai ninguém”, refletiu e rezou Padre Firmino Martins, sobre o significado do tema Anchieta, protetor dos indefesos.
Ao recordar a Igreja em saída, que Papa Francisco pede constantemente, o jesuíta explicou que “a nossa saída tem dois distintivos: a unção e a missão. Jesus foi ungido e enviado, nós já fomos ungidos no nosso batismo e fomos enviados para transformar este mundo, promover a fraternidade, criar uma sociedade mais justa, anunciar a alegria”.
Dos testemunhos sobre Anchieta ouvimos da disponibilidade em servir a todos, em qualquer momento ou circunstância. Ou seja, “Padre Anchieta não tinha tempo para si. O tempo dele era para servir. Estar aqui, em Guarapari, Vitória, Jabaquara, Mãe-Bá, Inhauma. Quantos carros ele tinha? Nenhum. Quantos cavalos? Nenhum”, explicou o jesuíta.
Anchieta só andava a pé e tinha problema de coluna. Mesmo assim ele ia e servia a todos. E nós, hoje temos tantas coisas, e quantas visitas fizemos aos doentes, a uma pessoa desesperada?
Pe. Firmino Martins
Padre Firmino conclui com uma metáfora “nossa cabeça está grande e o nosso coração esta pequenininho. Papa Francisco tem razão, temos de crescer espiritualmente. E uma oração “Que são Jose de Anchieta interceda em prol da construção de um mundo melhor, mais divino, mais justo, mais irmão”.
Apóstolo é aquele que é enviado. E quem nos envia é Jesus. “Como o Pai me enviou, eu também vos envio.” (Jo 20,21), assim iniciou a homilia de Padre Pierre, da paróquia São Tiago Maior, de Setiba, Guarapari.
A liturgia recordava o dia de São Barnabé, cujo relato encontramos no Atos dos Apóstolos. Esteve junto aos apóstolos e trabalhou com Saulo, acompanhando a conversão daquele que seria o Apóstolo dos Gentios. “São Barnabé é um homem de caridade, amor, fé e zelo”, lembrou Padre Pierre.
Sair de sua terra e confiar-se à providência são características dos apóstolos. “Barnabé saiu. Saulo deixou Tarso. José de Anchieta, se tivesse que trazer roupa, comida… para quanto tempo?”, indagou o padre.
A reflexão sobre a necessidade de ir ao encontro, que teve início na novena, continuou com Padre Pierre.
“Somos novos apóstolos, talvez não seja necessário sair da sua terra, mas é preciso fazer um pequeno movimento”.
Pe. Mukabi Pierre
“É preciso mover-se, sair de um lugar para o outro. Esse é o testemunho, de Barnabé, de São José de Anchieta. E olhando para este Santuário, para os missionários jesuítas que estão aqui, eles são brasileiros, mas cada um deixou sua terra. E vieram por causa de Jesus Cristo”, explicou o também missionário, Padre Mukabi Misik Senga Pierre.
Nessas terras capixabas onde São José de Anchieta pisou e deixou as suas marcas, vamos continuar pisando onde ele pisou e encontrando aqueles que ele não encontrou.
Pe. Mukabi Pierre
Ao recordar que o testemunho de São Barnabé encontra-se com o de São José de Anchieta, Padre Pierre deixou uma orientação a todos que estavam e que virão ao Santuário do Apóstolo do Brasil: “Toda vez que viermos neste Santuário, venhamos com este ânimo: quero fazer um pouquinho que São José de Anchieta fez”.