Após a repercussão positiva e o grande número de visitantes, o reitor do Santuário Nacional de São José de Anchieta anuncia a prorrogação do tempo de exposição e a data final da permanência das pedras originárias na fachada do Santuário. Com a alteração, haverá novidades.
A oportunidade histórica que se revelou diante dessas pedras exigiu a definição de uma nova data para permitir que mais pessoas possam visitar o Santuário. Por isso, até o final do mês de setembro as pedras originárias permanecerão expostas para visitação. Com uma novidade: o reboco da lateral da igreja também será retirado e então poderemos ver, não só a fachada, mas sim toda a extensão da igreja com as pedras originárias expostas. Significa dizer que mais história, beleza e curiosidades poderão ser reveladas.
O anúncio foi feito na noite dessa segunda-feira, dia 09, durante a Missa votiva a São José de Anchieta, recordando que foi o próprio Anchieta que, em 1590, inaugurou esta igreja ao celebrar a dedicação a Nossa Senhora da Assunção.
O reitor do Santuário, Padre Nilson Marostica, ao lado do também jesuíta Padre José Célio, recordou o grande número de visitantes nestes dias, falou da beleza, das peculiaridades das pedras e do grande trabalho de construir uma edificação como esta. Também respondeu algumas questões que reunimos aqui. Acompanhe.
Sim. De acordo com o Reitor do Santuário, o motivo é a necessidade de conservação.
Infelizmente não poderá ficar sem cobrir as pedras por causa do grande vento. Estamos diante da praia e nós temos que proteger esse patrimônio.
Pe. Nilson Marostica
Reitor
A beleza. Motivados pela experiência de encontrar uma beleza que ficou encerrada por detrás de uma fachada, que também era bela, mas que agora se mostrou imponente também pela história gravada naquelas rochas.
As vezes coisas bonitas ficam guardadas, escondidas e a gente não percebe. Temos a oportunidade de ver a beleza. E não só a beleza do conjunto todo em pedra, típico das construções da época. Mas o encanto do trabalhão que deu para colocar pedrinha por pedrinha ali.
Pe. Nilson Marostica
Reitor
Compreender como é a Igreja. Pedras tão diversas, dispostas de tal forma que, cada uma com sua função, superam a aparência caótica e revelam a unidade. Mostram a força do testemunho da vida dos santos.
A igreja é assim, primeiro nasce a igreja viva, depois a igreja de pedra. Então aquela igreja viva que tinha aqui, animada por São José de Anchieta, construiu essa beleza que temos preservada.
Pe. Nilson Marostica
Reitor
Superar a aparência. Redescobrir a beleza que há na nossa própria história e ter a coragem de retirar as camadas dos muitos julgamentos que foram colocados sobre nós.
A gente tem a oportunidade de olhar aquela fachada e olhar para dentro de nós. Pois, temos dons preciosos dentro de nós. De vez em quando temos que tirar o reboco da nossa cara. A gente maquia a nossa realidade e esconde a beleza interior, o trabalho árduo que deu para construir a vida da gente.
Pe. Nilson Marostica
Reitor
Chegar às pedras originárias, após a retirada do reboco, foi uma surpresa revelada durante o processo de restauro do Santuário Nacional de São José de Anchieta, que teve início em 2018 com conclusão prevista para o ano de 2020.
O Santuário Nacional de São José de Anchieta está localizado no município de Anchieta, no sul do Espírito Santo, a 80km da capital Vitória. E foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943.
O conjunto arquitetônico do século XVI reúne a igreja de Nossa Senhora da Assunção construída por Anchieta, o Museu e o quarto onde o Padre José de Anchieta viveu os últimos anos de sua vida e morreu em 09 de junho de 1597.
O Santuário está aberto para visitação das 8h às 20h. O Pátio do Santuário, onde é possível ver a fachada descoberta, tem livre acesso, sem limitação de horário.
Endereço: Praça do Santuário, 240 – Morro da Penha
29230-000 Anchieta