Uma reflexão sobre o desafio de encontrar uma nova forma de estar próximo, a partir das comemorações que marcaram a Festa Nacional de São José de Anchieta, Apóstolo e Padroeiro do Brasil .
Por Ligia Maria
“Muito antes do primeiro missionário chegar, Deus na sua infinita bondade já tinha semeado nessa terra fecunda a justiça, a verdade, a solidariedade, a amizade, a boa vontade” disse Frei Paulo Roberto, na Missa de encerramento da Festa referindo-se ao período que jesuítas e franciscanos chegaram aqui. Poderíamos ousar em transferir essa mesma afirmação para a nova experiência de celebrar o Padroeiro do Brasil em uma Festa que é Nacional e se tornou mais ampla e diversa justamente porque estava em um território novo, em um novo mundo das comunicações online.
Assim como o online não substitui o presencial, existem aspectos próprios da internet, e das novas modalidades de interação pelas redes sociais, que permitem conexões que não seriam possíveis se pensássemos estritamente no espaço físico.
Alarguemos os nossos ouvidos, como disse Frei Paulo. Celebrar o padroeiro é dar espaço para Deus, é o tempo oportuno da graça, o mistério da bondade, da providência, que permitiu ao Apóstolo do Brasil ser canonizado e declarado Padroeiro do Brasil nesse tempo de desbravamento, do novo mundo da internet e suas conexões virtuais.
Anchieta chegou mais uma vez como missionário onde Deus já havia semeado.
Aproximamo-nos da proposta do Ano Inaciano de ver novas todas as coisas em Cristo.
Cabe a nós ajudar e não fazer outra coisa se não deixar brotar, ajudar a revigorar, a florescer as sementes do Verbo, há muito tempo, pela bondade de Deus aqui plantada. Ao mesmo tempo, impelidos pelos exemplo dos santos, precisamos avançar da admiração ao testemunho e ser ousados como nos pede o Cristo.
Existe algo de divino nessa experiência de evangelizar pelas redes sociais em grandes festas. É o choro de quem está sozinho em casa e se emociona porque se sente visitado por Deus. É levar a certeza de que nós não estamos sozinhos! Nós temos companhia. AMDG
“Felizes lágrimas,
que tão formosamente se estancaram!
Feliz sofrimento, que acabou em tanto gozo!”
São José de Anchieta
Poema da Virgem Maria
V. 315