Devoção mariana de Anchieta marca o 8º dia da novena em preparação para a Missa solene que acontecerá no próximo sábado, dia 15. E recorda uma das principais iconografias de São José de Anchieta.
Por Ligia Maria Fiorio Custódio Pessin
“A novena de hoje tem esse cunho da espiritualidade mariana de Anchieta”, recordou o reitor do Santuário, Padre Nilson Marostica.
Aclamar Anchieta como Poeta da Virgem Maria significa tanto reconhecer as marcas que a Santíssima Virgem deixou em seu coração, como também os traços maternos que o Apóstolo transmitiu a esta nação.
O Poema da Virgem Maria, composto por Anchieta, foi escrito na areia da praia durante o período que permaneceu refém dos índios em Iperoig – hoje cidade de Ubatuba, durante uma negociação de paz. Com mais de 6 mil estrofes é, ainda hoje, o maior poema mariano já escrito.
As marcas na areia da praia eram sinal da sua consagração à Imaculada Mãe de Deus e da sua confiança filial na proteção materna da Virgem Maria. Pois, as fortes ameaças e tentações sofridas no período de cativeiro fizeram-o se entregar ainda mais à devoção mariana.
“Ainda como noviço, havia feito um voto de pureza: dedicar seu amor somente à Mãe de Deus.”
Espiritualidade mariana presente também na dedicação das igrejas e nas peças teatrais que produziu. Padre Nilson conclui a oração e reflexão da novena parafraseando uma peça teatral de Anchieta: “Quem sabe com as palavras da Virgem o nosso coração se converta? E Nossa Senhora nos venha visitar esta noite para dizer assim: sigam meu Filho.”
Após a novena, Padre Ermindo da Paróquia São José, de Guarapari, presidiu a santa Missa no dia que a Igreja faz memória litúrgica de Santo Antônio.
Recordou que “Santo Antônio, como franciscano, viveu profundamente sua consagração a Deus” e que “São José de Anchieta, jesuíta, foi um grande pregador da palavra de Deus”. Assim, cada um com seu carisma, seu modo de viver a palavra de Deus, chegou à santidade.
“Nós também temos, cada um, a sua missão. Mas todos nós somos chamados a nos aproximar da palavra de Deus e romper o véu da ignorância que nos afasta da Luz que é Jesus.”
Padre Ermindo relembrou a exigência do trabalho pastoral e invocou a graça de Deus para “que o amor faça morada em nós. Assim a nossa oferta será agradável a Deus”.