A canonização de São José de Anchieta, em 2014, traz mais uma referência ao Palácio Anchieta, um interesse que se expande por todo o mundo porque ali está o túmulo do Apóstolo e Padroeiro do Brasil, portanto há uma história importante para um personagem tão relevante.
A importância história, cultural e artística do Palácio Anchieta ganha assim uma relevante menção no aspecto religioso e até mesmo devocional. Sobretudo porque o Espírito Santo já é uma referência, pois abriga o Santuário Nacional dedicado ao Padroeiro do Brasil, e há apenas dois santuários nacionais, a basílica de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo e o Santuário de Anchieta. Interessante, que no ano de 1722 o então reitor do Colégio de Santiago, P. Antônio da Cruz, SJ, deixou o cargo justamente para se dedicar inteiramente à causa de beatificação de Anchieta.
O retorno da Companhia de Jesus ao Brasil é, relativamente, recente. Os jesuítas retornam ao Espírito Santo em 01 de janeiro de 1928, no município de Anchieta, onde permanece o superior do jesuítas no Espírito Santo.
Um fato histórico aconteceu em 2019, no quinto ano da canonização de São José de Anchieta. Após 260 anos os jesuítas voltaram a celebrar no local onde o Pe. José de Anchieta foi sepultado, em 1597. Desde a expulsão dos jesuítas (1759), não se tinham registros de uma celebração naquele lugar. Restrita e com pequeno público, a Missa votiva a São José de Anchieta celebrada no Palácio Anchieta fez parte das comemorações da Festa Nacional de São José de Anchieta daquele ano. Nas edições seguintes, com a pandemia do novo corona vírus, as edições da Festa aconteceram no formato online com as transmissões a partir do Santuário, exclusivamente.
Túmulo de São José de Anchieta, local onde foi sepultado e aclamado Apóstolo do Brasil, após o cortejo de três dias realizado pelos indígenas desde a aldeia de Reritiba – atual Anchieta, até o Colégio São Tiago, atual Palácio Anchieta.
Histórica celebração eucarística no ano de 2019. Ao centro, Pe. Nilson Maróstica, SJ, Reitor do Santuário Nacional de São José de Anchieta e superior dos jesuítas do Espírito Santo. À esquerda, Pe. Bruno Franguelli, SJ e Pe. José Célio, SJ. Foto: Iago Nogueira